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Pobre criatura

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M e deixa ser o seu nadinha , ele implorou, ajoelhado diante de mim enquanto esperava, da minha boca, uma palavra de salvação. Em resposta, empurrei com força o bico do meu sapato alto no peito dele, fazendo afundar e avermelhar a pele. O homem-menino gemeu de dor.  Eu não mereço, ele disse baixinho, debruçando-se sobre meus pés, à minha ordem, para massageá-los e lamber os meus dedos, um a um. Você não merece, eu repeti com rudeza, sentenciando o castigo do qual ele já desconfiava: nada de putas para você esta semana. Você foi uma porcaria desobediente da última vez, lembrei a ele, reprovando-o pela tentativa de me tocar sem a minha permissão. Ele abaixou a cabeça e começou a balbuciar suas fraquezas, primeiro declarações ininteligíveis, e então sua voz se tornou mais humana, como tu é linda, ele sussurrou... Essa tua boca, esses teus olhos... a bunda, meu Deus, continuou, quanta, mas quanta inveja sinto dos homens que você desejou e por quem se apaixonou e beijou, chupou e cavalgou..

Quando amei uma mulher

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Q ue não se adore o teu corpo pela metade, eu digo, enquanto contemplo as tuas formas despidas, a gosto das deusas da criação, e entendo que são coisa sagrada - ao tato, ao olhar e ao paladar -, feito a lembrança da tua chegada a este terreno mundano e que certamente foi como a tua chegada ao meu próprio firmamento, atraindo planetas, endoidecendo órbitas e reorganizando galáxias. Tão apaixonada estou, minha língua devastada pela úmida espera nos segundos antes de te poder lamber, os pelinhos nas curvas das panturrilhas, contornando os joelhos e subindo pelas coxas, até que eu levante as tuas pernas e alcance o teu cuzinho, massageando-o devagar, como igualmente faço ao teu sexo - uma deusa instituindo morada na minha boca. Coloco-te de bruços e o formato Dela - da tua bunda - convida-me a tantas e diferentes homenagens, o meu corpo a ponto de se desgovernar em razão dos impulsos febris que este culto me desperta, enquanto levanto o olhar para o espelho e vejo nós duas à luz amarela do

O seio da mulher amada

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Tu gosta, assim?, ele perguntou, massageando o mamilo dela com a língua e os lábios, em círculos e idas e vindas que bem poderiam durar para sempre, até a morte, esta pequena todos os dias invocada pelos ardores que a mulher sentia no profundo do corpo. Humhum, ela respondeu gemendo, agarrada à própria consciência das coisas, por medo de deixar de compreender o que sentia nos seios, enquanto uma espécie lúbrica de desespero crescia no meio das suas pernas. Que biquinho gostoso, ele dizia, que peitinhos deliciosos, continuava, a boca faminta sugando, lambendo e dando mordiscadas. A mulher desfalecia como que perdendo os sentidos, mas sendo arrebatada de volta no último segundo, para outra vez experimentar a luxuriosa tortura à qual era submetida. O homem, apaixonado pela tarefa de adorá-la, não tinha pressa nenhuma, mesmo sabendo da urgência com que a mulher desejava ser tomada por ele. Me come, ela pedia, a voz rastejando em baixíssimos decibéis, feito um arquejo esperançoso à visão do